Territórios de amar

Por não ser exatamente uma verdade, eu não diria que a publicação deste escrito, Territórios de amar, hoje, na série Letra por letra, no site da Editora Cândida, esteja se dando por conta da Feira dos Municípios (salve, Ecoporanga!) que se encerra neste domingo, ali, no Planalto de Carapina.
Poderia até ser, mas Territórios de amar nasceu, em verdade (propositalmente) como comunhão de propostas.
Uma das intenções desse poema é de se tornar canção.
Por isso ele já está nas mãos de um melodista de mão cheia, cria das Montanhas Capixabas.
Outro propósito desses versos cartográficos é mostrar pra você (que me lê) variados recursos e percursos românticos disponíveis nesse estreito território do Spirito Sancto.
E, por fim, há o indisfarçável desejo de que essa letra chegue até ela, como singela proposta pra (futuras) aventuras.
Caso ela queira.
Claro.


Territórios de amar
(sem música)

Rodas d’água pelas serras,
bananeiras, bananais,
pedras, rios, cachoeiras:
deslumbramentos frugais;

balaios de plantas novas
(sementes de sedução)
fogueiras nas noites frias:
carícias em comunhão;

choupanas achadas na areia
dunas ao vento do mar
frutos fartos (seios) ceias
nos territórios de amar.

doces itapemirins
jucus de noturnas praias
caparaós aluados
beija-flores, samambaias;

jetibás, leopoldinas
(campinhos em tardes claras)
aghás, penhas, frades, freiras,
goipabaçus, moxuaras;

choupanas achadas na areia
dunas ao vento do mar
frutos fartos (seios) ceias
nos territórios de amar.