No episódio desta semana da série Letra por letra aqui no site da Editora Cândida estamos trazendo uma novidade: uma letra que (ainda) não foi musicada.
Não será esta a única letra solteira que iremos publicar aqui.
Outras virão.
Aproveito pra esclarecer, então, que serão três as categorias dos textos postados neste espaço editorial (generosamente) oferecido pela Cândida:
# as letras que já se tornaram canções e foram gravadas. (Dessas estamos publicando, você já viu e ouviu algumas, texto e áudio);
# as que já são canção, mas não foram ainda gravadas (dessas postaremos somente o texto até que recebam um bom registro fonográfico);
# e aquelas (como é o caso de Celeste) que não receberam (e talvez não recebam nunca) seu aditivo musical.
Mas como (na minha concepção criativa) são letras e, portanto, não chegariam às páginas de um livro de poemas, elas permaneceriam (eternamente) no limbo, não fosse esse (cândido) espaço editorial (dominical) de Letra por letra.
Celeste
(letra sem música)
Teu corpo
na tenda dos sonhos
em lençóis de caxemira
teu corpo
ao vento de outono
singrando um céu de turquesa
teu corpo
vagando em nuvens
por estradas de safira
teu corpo
na noite escura
emudecendo as estrelas
estrelas voando perdidas
nos desvãos da noite escura
nuvens vagando sozinhas
por estradas de safira
ventos vãos assoviando
serenatas de loucura
e o teu corpo me esperando
em lençóis de caxemira!