Adrianna Meneguelli

Adrianna Meneguelli

Adrianna Meneguelli é capixaba nascida na ilha. É mestra em estudos literários pela UFES, doutora em literatura comparada, pela UFMG, e pós-doutora  em Artes e Comunicação (CIAC), pela Algarve, onde desenvolveu uma investigação sobre as relações entre o cinema e a literatura. Lançou em 2018 O reverso do jogo tabucchiano, em que aborda facetas do neobarroco na obra O jogo do reverso, de Antonio Tabucchi, que ela mesma traduziu. Seu livro Lúdicas, série de poemas em prosa, foi publicado pela editora Cândida em 2019. Atualmente, Adrianna é professora do Instituto Federal do Espírito Santo. Em 2021, a editora Candida publicou seu livro Intermitências, uma sequência de fantasias que se volltam para aspectos da história do Espírito Santo.

Títulos

Lúdicas lúdicas

Ano: 2019

Lúdicas são partidas literárias, lances de dados, jogadas dialogais: cartadas elípticas e inclusivas pintadas-escritas nas páginas do livro-labirinto. As máscaras, as relações, as cintilações que Adrianna Meneguelli traça em errantes linhas – e curvas e cursos e tais – convidam a leituras de leituras de leituras, voragem a que o leitor se entrega, revolvido pelo enigma, pelo desejo-prazer que se contorce em cena, em meio ao público (constitutivo) do teatro, no drama que reverbera o simulacro, tão real quanto a fantasia que se expõe feito frase não feita, discurso escondido pelo gemido polissêmico.

Mimetismos, ressonâncias, vícios, ensaios, desatinos e medos marcam os frontispícios das peças-livros dispostas nas estantes da biblioteca universal. Uma biblioteca de bibliotecas. Do desencanto ao orgasmo, da clandestina felicidade ao pasmo, da pulsão à emoção, da visão à questão, por qual lúdica começas o jogo, caro leitor?

 

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Intermitências

Ano: 2021

Intermitências mergulha com vigor em mitos fundadores de uma cultura que se aproxima dos 500 anos ainda titubeante, resistindo tímida às forças que a sufocam.

A autora expõe com beleza as raízes brasileiras e vai às últimas consequências, sem medo de exibi-las, extraindo delas o elixir que há de sustentar a juventude de uma sociedade tão carregada de influências que impressiona a combinação que a autora consegue. E enquanto escava nossas memórias mais profundamente enterradas eleva-as ao patamar do universal.
Criadora de imagens que ecoam uma história que ainda precisa ser desvendada, Adrianna viaja em zigue-zague por tempos e lugares inesperados. Vai a reinos distantes para fincar mais firmes os pés no chão do solo espírito-santense. Coloca o leitor entre mitos que povoam os imaginários aqui e acolá, não só no mundo pretensamente civilizado, mas também aqui onde mal nos recolhemos como bons colonizados.

O privilegiado leitor pode se servir também de heróis e heroínas, salpicados entre os anônimos de carne e osso que ao fim e ao cabo se constituem do mesmo material que seus antepassados míticos. É de uma alternância entre a pedra e o mar, atravessando praias e mangues, que emerge uma intrigante narrativa, contada em cenas que formam um labirinto mágico. Cada uma destas cenas é um lampejo fulgurante de memórias que se concatenam e se retroalimentam.
Autora: Adrianna Meneguelli

116 páginas

2021

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